Lars and the real girl

Num primeiro momento achei que seria mais um filme onde tenta se mostrar que não existe mulher perfeita. Por causa do título em português ("A garota ideal"), associei a alguns filmes que já assisti ("Her", "A mulher invisível" e "A namorada perfeita"). Fui convecida de que o filme não seguia essa linha e resolvi assiti-lo.

Me comovi com a história. Na verdade, o filme conta as dificuldades de um homem que sofreu traumas de infância (quem não sofreu?) e não consegue se relacionar com as pessoas "normalmente". O toque lhe incomoda muito! Mas apesar das suas dificuldades Lars é um rapaz dócil e atencioso, muito querido pelos que estão a sua volta.

Em determinado momento, Lars compra uma boneca inflável e a apresenta como sua namorada ao seu irmão e sua cunhada. Através de Bianca, sua namorada de plástico, Lars consegue ampliar seu convívio com a comunidade. A princípio todos ficam pertubados com a situação, mas acabam acolhendo a loucura de Lars. É um belo filme sobre empatia e amor. Aquele filme que renova nossas esperanças e afaga nosso coração.

99 days off

Eu já havia dado um tempo no Facebook, quando um amigo me sugeriu participar do 99 days off.

99 days off foi um projeto que surgiu da polêmica em torno de pesquisas que o Facebook estaria fazendo sobre o comportamento dos usuários. O projeto nos convida a abandonar o Facebook por um pouco mais de 3 meses. Ao longo desse período os participantes respondem questionários que investigam o que muda na rotina dessas pessoas. Além disso são feitas perguntas sobre sentimentos associados ao uso ou a abstinência da rede social.

Como me senti nesse período?
O Facebook é pra mim um espaço de fuga. Um vício, semelhante ao álcool, cafeína ou fast food. Então geralmente visito a rede com mais frequência nos dias que estou mais ansiosa. A grande questão é que com esse hábito, a minha ansiedade ao invés de diminuir aumenta. Provavelmente, porque ao invés de resolver meus problemas estou me distraindo.

No fim das contas, os três meses passaram mais rápido do que eu esperava. E como com todo vício, o mais difícil foram os primeiros dias. Agora que voltei, já desperdicei horas  preciosas.

Muitas vezes a gente resume a nossa navegação na internet ao Facebook, mas existe internet fora do FB. Existem também outros meios de se comunicar com os amigos. E nem tudo precisa ser compartilhado, no exato momento que se pensa ou se vive. Uma certa vagarosidade me faz bem.

De todo jeito senti falta das pessoas queridas que só tenho notícia por aqui. Estou de volta por um tempo, mas deixo o convite pra quem quiser fazer essa experiência, vale a pena.

Mundo Virtual

Ao mesmo tempo que me sinto mais leve sem usar redes sociais eu perdi um dos espaços onde descarregava minha ansiedade. Era muito comum que o pouco de tempo que tinha pra ficar parada me gerasse a vontade de checar o Instagram ou o Facebook. Imaginava que perderia só uns minutinhos, mas não rara às vezes eu acordava quando fazia ao menos uma hora que havia mergulhado nesse buraco sem fundo que é o Facebook.

A atmosfera do Facebook é caótica. Lamentos e propagandas disputam espaço na nossa mente. Algumas poucas mensagens de afeto ou curiosidades interessantes servem pra nos manter ali, crentes que a ferramenta não é má, mau é o seu uso. Já advoguei esse ponto de vista. Mas depois de inúmeras vezes tentando fazer um uso "saudável" do Facebook, começo a achar que a ferramenta é má mesmo. Assim são como as drogas, que embora possam nos trazer prazer e benefícios momentâneos, tendem a fragilizar nossa saúde. 

Outro efeito negativo que consigo notar nessas redes é a capacidade de nos manter flutuando, longe da realidade. No mundo virtual tudo é simulacro, ainda que existam com base em objetos reais. Para quem tem facilidade pra viver no mundo das idéias, a ligação compulsiva com o mundo virtual nos distancia ainda mais da terra.

Conheço muita gente com dificuldade de olhar dentro dos olhos do outro. Em compensação, esses olhos parecem não se cansar do brilho artificial das telas dos smartphones.

Pedido

Deus me dê forças para eu seguir meu caminho. Ilumine meus passos. Ajude-me a encontrar felicidade e a fazer as pessoas ao meu redor mais alegres. Que a raiva não perdure no meu corpo. Que a minha mente não se ocupe com mágoas. Que as tristezas me tornem mais forte, mas que minha ternura não se perca.

Amém!

Rubem Alves

Conheci Rubem Alves quando estava na faculdade. Fazia parte de um grupo de estudos sobre conforto ambiental e andava muito orgulhosa de ter sido classificada como "pesquisadora". O professor líder do grupo pediu que léssemos "Filosofia da Ciência" para discutirmos em grupo. Com linguagem lúdica e um texto carinhoso, Rubem nos apresenta os jogos da Ciência e dismitifica a soberania desse tipo de conhecimento. Um ótimo livro para abalar as certezas de jovens aspirantes a cientistas.

Numa conversa com o meu psicologo de então acerca do tal livro, descobri que Rubem Alves se interessava por escrever sobre diversos assuntos. E talvez seu mais belo texto, tenha sido aquele dedicado a sua filha, "A menina e o pássaro encantado". A fábula fora escrita para ensinar a pequenina a lidar com a saudade. Mas suas palavras tornaram-se livres e falaram também das saudades dos grandes e dos amantes.

A essa altura havia me apaixando por Rubem. Encontrava nele ternura e sabedoria. O próximo livro que tive prazer de conhecer foi "Ostra feliz não faz pérola". Somente o título já é uma lição e tanto. O volume é repleto de historietas leves sobre diversos aspectos da vida, desde o amor até a morte.

Thiago, conhecendo bem minha paixão me presenteou no Natal com "Pimentas: para provocar um incêndio, não é preciso fogo". Outro título perspicaz. Nesse livro Rubem está mais velho, talvez não tão doce quanto nos outros onde o conheci. Um tanto mais apimentado! (Perdão pelo trocadilho infame...). Foi a última vez que li Rubem.

Ler, viver e escrever

Eu não saberia apresentar caminhos para alguém escrever tal como Machado de Assis, Saramago ou Borges. Tão pouco acho que precisemos de um Drummond a cada esquina. Precisamos aprender como nos comunicar. Escrever de forma clara, concisa e eficaz. E o que posso oferecer é a minha vivência sobre a leitura e a escrita.

Me deleito ao ler certos autores. Sou apaixonada por vários escritores, a ponto de ter causado ciúmes nos meus namorados. Mas nem por isso concordo que devemos nos dedicar a leitura simplesmente pra engrossar estatísticas. Muitos brasileiros, portadores da famosa síndrome de vira-lata se ressentem porque nossa média livros/ano está muito aquém das médias estrangeiras. Os nostálgicos reclamam que as pessoas não lêem mais livros e por isso estão emburrecendo.

Para que serve a leitura afinal? Para nos por em contato com o conhecimento e a experiência de outras pessoas. O que é muito válido! Mas experimentar o mundo através da leitura não é o mesmo que experimentar o mundo por si.

Eu particularmente, não troco mais a vida por livros. Já fiz isso muito, porém tenho que confessar que sentir o sol aquecer minha pele, mergulhar no mar, contemplar os golfinhos me trazem uma alegria mais transformadora do que a leitura. Pintar também. Quando pinto tenho sensações místicas, encontro o meu âmago, me sinto livre e potente. Termino leve.

Quando me entrego a vida, construo experiências que valem a pena ser relatadas, crio ideias que valem a pena serem narradas. Posso oferecer aos amigos uma visão particular do mundo e posso fazer isso através da escrita. É aí que sento, liberto as palavras, escrevo, edito, imagino meu leitor passeando pelas minhas linhas. E quando entendem minha mensagem, o prazer é grande.

Português não é difícil, Machado de Assis também não

Eu e minha experiência com livros: infância

Eu sempre gostei muito de ler. Minha história é simples: filha única, pais protetores, o hábito da leitura fazia parte do cotidiano da família. Sozinha no quarto, ler era uma diversão. Durante uma boa parte da minha infância a programação de domingo era ir ao shopping, chegando lá seguir para livraria e ficar por horas. Daí se tem uma coisa que não posso reclamar da criação que meus pais me deram, é do incentivo à leitura.

Na primeira série eu já tinha o meu próprio Dicionário Aurélio, ilustrado pelo Ziraldo. Minha Primeira Enciclopédia Larousse, uma versão fartamente ilustrada e com textos compactos. Assim que o Darcy Ribeiro lançou seu livro voltado para o público infantil, também ilustrado pelo Ziraldo, meu pai não titubeou em me presentear. Aprendi com ele, o Darcy, a desconfiar dos sabidos demais e ter um pé atrás com cientistas que sabem "tudo sobre nada".

Me lembro da minha mãe me corrigir quando eu contei para meu avô que "essa semana terminei de ler Dom Quixote". "Ela leu foi uma versão infato-juvenil". Meu avô ficou mais sossegado, eu ainda tinha chances de ser uma criança normalzinha, apesar das invenciones dos meus pais. Isso deve ter sido quando eu estava na quarta-série.

Na quinta-série descobri a série vagalume, e a capa de Escaravelho do Diabo nunca esmaeceu da minha mente. O enredo, por sua vez, foi-se faz tempo. Se não erro as contas, na sexta-série aconteceu o evento que sempre conto para atestar que eu era uma criança para lá de comportada. Meu pai me deixou de castigo, e como não restava muita coisa para me proibir, me deixou sem o direito de terminar de ler um livro de contos de Machado de Assis. Foi assim que conheci o contista, mais famoso por seus romances, e sua capitu olhos de ressaca. Era ressaca como a do mar de Copacabana ou de cachaça? Na sexta-série, para mim a única possibilidade de acepção da palavra era a do mar agitado. Capitu dos olhos revoltos.

Depois, mudei-me para casa da minha avó e descobri o tesouro: a coleção completinha de Machado de Assis. Um paraíso. Texto originalíssimo, como diria o personagem de Dom Casmurro. Original do tempo do meu avô.


Eu e minha experiência com livros: o aprendizado de uma nova língua

Durante a faculdade fui aprender uma nova língua, inglês. Tive a excelente oportunidade de estudar na Casa de Cultura Britânica, da Ufal. Como material didático, livros da Oxford. E qual era o material de apoio? Clássicos literários da língua inglesa. Mas é claro, adaptados para estudantes. Li Shakespeare e Conan Doyle como se tivessem sido escritos para um britânico de 5 anos de idade. E foi ótimo para me ajudar a entender a lígua.



Eu e minha opinião sobre a adaptação de Machado de Assis publicada pelo MEC

Descrevi um pouco da minha experiência com livros, por ter a recordação de que textos adaptados para o universo infantil, ou simplificados para os que aprendem uma língua, fizeram parte da construção do meu gosto pela leitura. Daí eu me pergunto: por que raios esse estardalhaço pelo MEC ter publicado uma versão de Machado adaptada por uma escritora infanto-juvenil? 

Desde que seja sinalizado, como é o caso da publicação do MEC, não consigo enxergar nenhum problema nessa adaptação e nem nehum fato novo nessa medida. Adaptar livros para uma linguagem contemporânea ou mais simplificada pode ser sim, uma forma de cativar uma pessoa para o hábito da leitura. Uma vez que esse cidadão se tornar um leitor experiente, ele pode, por conta própria, mergulhar no universo dos livros e buscar textos mais complexos ou com linguagem mais rebuscada.

Machado de Assis não escolheu cada uma das palavras de seus livros a toa. Mudar as palavras, cortar partes, inserir notas de rodapé, distorcem a obra original. Mas um autor com uma obra tão primorosa não vai ser destruído por ter sido reapropriado por outras pessoas. Para um leitor costumaz, um texto de Machado de Assis não é um enigma indecifrável, mas para quem apenas começou a se aventurar pelas bibliotecas e livrarias, Machado é sim um tantinho complicado.

Inflação

Estarrecida. Definitivamente o governo precisa investir em mais educação, para ver se a gente aprende a fazer conta e ler.

Vejo as pessoas reclamando da inflação no Brasil. Daí ouvi o Lula defendendo a nossa situação financeira, afinal a nossa inflação não é nada perto da que existia quando ele era do sindicato,e tínhamos uma inflação de 80%.

Daí eu pensei: porra Lula, gosto de você, mas aí cê tá de brincadeira.

Numa googlada rápida, dois textos me mostram que ele não tá falando bobagem.

Em 1989, quando eu era um bebê, a inflação de um mês chegou a 50%.

O ano passado o Brasil fechou com a inflação máxima de 5,91%.

Mesmo que seja fácil confundir inflação máxima, com inflação anual e inflação mensal (afinal boa parte dos meus contatos não é economista, devo ter no máximo 3 amigos economistas rs) é difícil fazer parecer que nossa inflação tá tão ruim assim.

Ademais, lembro dos meus pais falando de precisar estocar artigos de supermercado em casa, pq cada vez que iam no supermercado as coisas tinha mudado absurdamente de preço. O dado do artigo, bate com a memória dos meus pais. Eu não posso relatar nada porque em 89 era um bebê de 2 anos de idade.

Minhas fontes:
http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/rec/REC%201/REC_1.1_03_Inflacao_brasileira_os_ensinamentos_desde_a_crise_dos_anos_30.pdf

http://www.febraban.org.br/7rof7swg6qmyvwjcfwf7i0asdf9jyv/sitefebraban/3a_tendencias.pdf

http://economia.ig.com.br/2014-01-10/inflacao-oficial-fecha-2013-em-591-dentro-da-meta-do-governo.html

Greve da PM, Recife, 2014

Terça-feira

Ontem, dia 15 de maio de 2014, uma quinta-feira, foi um dia atípico em Recife.

Na verdade as coisas teriam começado na terça-feira a noite. No fim da aula, Joana e Marina haviam me perguntado se a faculdade funcionaria normalmente no dia seguinte já que a polícia militar iria entrar em greve. Entendi que essas alunas estivessem em alerta com a segurança, afinal, umas duas aulas atrás me contaram que Marina foi assaltada ao sair da faculdade. E olha que a polícia não estava em greve.

Quando cheguei perto da meia noite em Recife, peguei um táxi para ir para casa. O taxista falou que a polícia ia entrar em greve e que já havia boatos de assalto pela cidade. Pedi para ele fechar os vidros e me deixar na porta do prédio ao invés de ficar na rua como normalmente faço. Na dúvida, é melhor se resguardar.


Quarta-feira

Na quarta-feira, dei normalmente minha aula pela manhã. Quando cheguei no escritório, Thiago, desprentenciosamente me avisou por whats app "esqueci de avisar, mas fica alerta, porque a polícia tá em greve". Não dei muita bola, até que meu chefe me disse que haviam boatos de arrastão. E o pior: a Av. Agamenom Magalhães estava vazia, deserta, como se fosse feriado.

Na dúvida, é melhor se resguardar. Achei melhor ir para casa e de lá decidir se trabalharia a noite ou não. Afinal, dependo de táxi para ir embora da faculdade e como o taxista de ontem a noite tava meio assustado, fiquei com medo de não ter um transporte "seguro" para voltar para casa.

A princípio, eu voltava a pé, até que um dia tomei um susto na rua. A rua deserta, eu andava tensa, observando o homem que caminhava a minha frente. De repente, ele para em um orelhão (quem usa orelhão nos dias de hoje?) e depois começa a andar na minha direção.  Atravessei a rua, quase me jogando na frente dos carros e fui ficar perto de dois outros homens, que aparentavam ser "cidadãos de bem" (o porteiro de um prédio e um entregador de qualquer coisa). Esperei que aparecessem pessoas na rua para seguir minha caminhada um pouco mais "segura". Acompanhei uma mulher que também andava assustada. A moça prentedia pegar ônibus em um ponto, mas desistiu porque a rua estava deserta. Seguimos juntas e ela procurou um ponto mais movimentado.

Por precaução, mas me sentindo uma medrosa, cancelei a aula e tentei avisar os alunos com atencedência para que eles não dessem viagem perdida. Pouco depois, as aulas foram oficialmente canceladas.

Mas é importante lembrar, que fora da greve, vez o outra as aulas da noite não acontecem por outros problemas urbanos: fortes chuvas, trânsito e... jogo de futebol. A primeira vez que dei aula em dia de jogo na Ilha, fiquei achando que minha aula era entendiante, quando repentinamente os alunos levantaram e disseram "professora a gente não pode esperar mais, a torcida deve tá saindo do estádio". Pensei que fosse desculpa para ir embora, mas fiquei sabendo na sala dos professores que isso era "o normal" em dia de jogo.

Depois fiquei sabendo dessa normalidade por experiência própria, quando cruzei com a torcida numa rua desértica e fiquei estática e pálida com aquela sensação de "é agora que vou ser assaltada".


Quinta-feira

Na luz do dia me sinto mais segura. Então, achei que o normal seria ir dar aula. Cheguei na faculdade e a percebi um pouco vazia. As luzes não estavam todas acesas e comecei a me dar conta que talvez os alunos não tivessem ido para aula. Cheguei no andar da minha sala, estava silencioso, as salas vazias. Na minha sala porém, haviam alguns alunos. Estavam lá para entregar o trabalho que valia nota. Mudei a ordem da aula para priorizar o indispensável e encerrar o assunto antes das 10 horas. 10 horas estava marcado o protesto da PM nas vizinhanças da faculdade. "Protesto de PM, eu tenho é medo, que os caras vão tudo armado", disseram.

Fim da aula, fui verificar se haveria aula a noite e cheguei a conclusão que o dono da faculdade anda de helicóptero, mas eu e os alunos não. Então talvez fosse mais prudente ficarmos em casa de noite. Na dúvida, é melhor se resguardar.

Como ainda era dia, achei de ir para o escritório a pé. Senti a cidade estranha e não sabia se era o medo que me fazia achar que as coisas não estavam normais. Mas um sinal de anormalidade é que as lojas estavam com o suporte da porta de rolar, como se estivessem preparadas para fechar a qualquer momento, o mais rápido possível. A rua estava deserta como num domingo.

Meu chefe soube de uma boato de arrastão nas ruas onde há faculdades e movimento de estudantes de classe média. Na dúvida, é melhor se resguardar. E lá foi ele pegar seus filhos na escola e lá fui eu para minha casa, novamente, com medo.

Como é costume nosso, não importa o que está acontecendo, fazemos piadas. Eu ria, mas sentia que era um riso nervoso. Boatos e notícias se misturavam nos jornais e redes sociais. Sirenes a todo momento, carros do exército cruzando minha rua. Helicoptero sobrevoando a cidade. 5 horas da tarde a cidade estava tão deserta como se fosse 5 da manhã.

Às 8 e pouco da noite, veio a notícia de que a greve havia acabado. Tudo voltou ao "normal" e já podemos ir para a rua e nos sentirmos seguros novamente.

Globalização

Ganhei um chaveiro novo. Substitui o chaveiro arranhado vindo de São Francisco por um da Suécia.

Hoje a moça da limpeza ia me entregando a chave de um vizinho:

"é que seus chaveiros são muito parecidos".

Quando vi de relance o chaveiro do vizinho, idêntico ao meu, pensei que ele tinha visitado a Suécia.

Mas o dele veio do continente do outro lado do mar, de New York...

Ou quem sabe, vieram mesmo, todos eles, da China.