Metamorfose

Estou magoada com a sociedade. Grave. Quero voltar a buscar uma forma de ser mais amorosa e menos agressiva.

Questionamentos, relativizações, conversas cíclicas. Ao menos se eu sintetizasse meus pensamentos em textos, talvez meus diálogos fossem mais produtivos. Sempre sinto vontade, necessidade de fazer infinitas coisas e procrastino-as várias. Compreendo que não posso deslocar de mim a responsabilidade pelas minhas omissões e erros. Mesmo que  incida nesse erro primário em várias ocasiões.

Escrever ao fim do dia sobre as minhas experiências cotidianas era uma das minhas ideias. Pensava nisso como tentativa de refletir mais pacientemente sobre as minhas atitudes, melhorar minha técnica de redação, acalmar meu ritmo.

Sinto desânimo ao constatar quão díspares as vezes são o meu discurso e as minhas atitudes. Engraçado é que por alguns momentos achei completo absurdo identificar nos outros essa disritmia (velocidade com que se formulam novas ideias e conceitos diversa da velocidade com que se pratica esse aparato ideológico). Mas comecei a desconfiar que a contradição talvez seja recorrente no homem e em suas instituições.

Então engulo seco e começo a milionésima metamorfose.