Mundo desajeitado

Talvez o mundo não seja cruel. Talvez seja só desajeitado. Uma massa de pessoas perdidas e medrosas. Que de perdidas e medrosas pulam para dentro de si. Pulam para uma escuridão sem fim. Porque de tão desorganizado está o mundo, temem permanecer a fazer trocas. Que há gente boa no mundo? Há, mas elas também não assim tão organizadas e com seu lado bom pra fora. As vezes elas aparentam egoístas e raivosas. E nos escondemos, escondemos e nos distanciamos. Quando isso vai acabar? Ou nos destruiremos antes? Ah não ... seria tamanho desperdício. Afinal, a tanta vida lá fora. Pra que trancar-se no vazio?

Deixa um oi!

sue disse...

Acredite, o numero de pessoas crueis é muito maior do que de pessoas perdidas e medrosas. A massificação das coisas fez com que as pessoas deixassem de ver seus próprios valores pra seguir o dos outros. Passam todos os dias por cima do interesse e valor alheio até mesmo sem se dar conta, por já ter se tornado algo habitual, que foi necessário com o tempo.

LARISSA LIRA TOLLSTADIUS disse...

Não sei... se não consigo enxergar meus valores estou perdido. Acho que tão magoados que estamos que sempre reagimos com mágoas em cima de mágoas. Se queremos mudar o mundo acho que precisamos aprender a renunciar a dor que nos fazem sentir. Porque os que nos machucam...não sabem o que fazem. E por isso merecem perdão. Eu vejo isso muito claro, a tempos. Mas a tempos não consigo aplicar...

sue disse...

Quem nos machuca nem sempre pede perdão. Para falar a verdade, é mais comum eles Não pedirem e você acabar relevando. Se não enxerga os seus valores você pode ter se perdido concientemente, pensa nisso. Claro, que isso nao acontece com todos.. mas voce pode mudar sua maneira de agir,pensar, falar.. pela sociedade. é complicado...

LARISSA LIRA TOLLSTADIUS disse...

Puxa eu tinha respondido uma super-resposta, mas o blogspot me boicotou e não salvou. Agora não vai sair igual de jeito nenhum... Mas vamo lá!

"Quem nos machuca nem sempre perde perdão." Isso é uma verdade absoluta. Apesar de se falar muito em perdoar e pedir perdão, acho que as pessoas não são estimuladas de fato a isso. Damos muito valor aos nossos erros. Achamos que é ruim de mais confessar que erramos, e em geral preferimos ficar calados a pedir desculpas. Acho que tem também aqueles que acham que não se pode banalizar o perdão... Fato é que as vezes é realmente difícil relevar de fato, na maioria das vezes a gente procura simplesmente não pensar mais no assunto, mas não consegue reestabelecer a amizade e o carinho de antes. Falo por mim que ainda tenho minhas mágoas a resolver, coisa que to tentando agora. Acho que é preciso treino para conseguir fazer essas coisas naturalmente, acredito que esse seja o tal amadurecimento. O mundo está de pernas para o ar, e quem acredita em coisas assim as vezes é ridicularizado. Mas acredito que não é a toa que a história de Jesus persiste a tanto tempo. Independente se as pessoas acreditam se ele existiu de fato ou não, basta observar o exemplo que o livro dele nos apresenta. Um homem, que foi reto, íntegro, curou pessoas, amou-as acima de tudo e no fim: crucificado. Que ele fez? Simplesmente pediu a Deus para nos perdoar. é uma mensagem simples, bonita e icompreendida. Mas é as vezes a gente prefere dignificar o sofrimento, do que atentar as mensagens de amor. E acaba que quando alguém fala assim, muitas vezes é taxado de hipócrita.

Eu ainda to bem longe do amadurecimento, mas acho legal poder falar das minhas experiências. Eu já fui machucada e já machuquei pessoas. Mas tenho em vista uma tentiva de me aperfeiçoar.

Já tive tão triste que não consegui enxergar as coisas e a alegria da vida. A tristeza nos faz isso, põe filtros ruins nos nossos olhos e só vemos gente que quer nos destruir. Mas é aí que digo, querem isso porque também estão perdidos. Se soubessem quão gratificante é amar, certamente mudariam de lado.

Por isso que eu acho que nenhum impulso para afetividade deve ser reprimido.

To falando tudo isso porque miraculosamente, hoje eu estou bem. Espero que essa senção se prolongue em mim.